O acumular do desejo culmina em nós. Envolves-me em abraços estropiados numa fúria desmedida em me possuir. Prolongas o hiato de tempo que medeia entre o segundo em que os nossos lábios se tocam e o momento em que cedemos ao unir dos nossos corpos. Abandonas a razão, aquela que há muito fugiu do nosso semblante e percorres-me num alfabeto erógeno e cego. Hoje, sob a sombra da noite, sei que é assim que me vais querer. Porque sabes que é assim que eu gosto de te-me dar. Hoje matamos a saudade.
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(Ela) tem Caprichos Matinais
» (Ela) tem Caprichos Matinais XXXVII
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